A jornada de The Weeknd até o MELHOR show do Super Bowl em anos
Em novembro de 2020, 1 ano após o início da ‘Era After Hours’, The Weeknd e seus fãs sofreram uma reviravolta que deixou todo mundo em choque. Já que...
Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 9/2/2021 - 19h41
Em novembro de 2020, 1 ano após o início da ‘Era After Hours’, The Weeknd e seus fãs sofreram uma reviravolta que deixou todo mundo em choque. Já que o artista canadense foi esnobado de maneira revoltante do Grammy de 2021, não recebendo NENHUMA indicação.
A raiva não foi apenas por não verem seu artista favorito esnobado do evento, mas por não fazer sentido, ainda mais por se tratar de um dos seus álbuns mais aclamados e prestigiados. Em mais de 10 anos na estrada com uma série regular de álbuns, eps e mixtapes, The Weeknd se consagrou e mostrou a todos um amadurecimento bem interessante de se acompanhar.
After Hours, lançado em março de 2020, levou uma voadora do povo do Grammy, mas continuou promovendo sucessos e sucessos ao longo do ano passado. Por exemplo, Blinding Lights continua batendo recordes atrás do outro, tendo passado praticamente mais de 1 ano no topo das paredes, e continuando por lá.
A identidade visual inconfundível de After Hours e o mistério do rosto enfaixado também foram transportados para as apresentações ao vivo.
Não bastasse isso, Abel – caso não saiba, é o nome verdadeiro do cantor – se viu em uma situação tensa, tendo o álbum estreado justamente quando o mundo estava se fechando devido a pandemia do coronavírus. Portanto, a turnê de promoção do álbum parou por ali.
A partir daí, ficamos alguns meses em certo marasmo, com um clipe de animação feito no período. Até que as coisas se ‘normalizassem’ um pouco mais, e ele passou a nos surpreender com uma série de clipes. Cada vez mais complexos, e seguindo uma narrativa intrigante iniciada com o clipe de Heartless.
The Weeknd, embalado ou não pela sua experiência no filme Uncut Gems, se jogou de cabeça no conceito de transformar a Era After Hours em algo extremamente cinematográfico. Com boa parte dos clipes lançados, mas sem os shows retornando, eis uma oportunidade.
Antes de brilhar no Super Bowl, o cantor iniciou uma trajetória de apresentações teatrais no VMA, em agosto de 2020, no topo de um prédio e entregando uma das versões mais arrepiantes de Blinding Lights, acompanhado de uma pirotecnia de fazer inveja.
Com direito à banda, coral e mais… a alegria contagiante de Abel
Nos provando que o álbum ainda tinha muito fogo para queimar, tivemos aquelas performances oficiais em um cenário montado que mais parecia uma cena de Jogos Mortais, incluindo a inesquecível execução de In Your Eyes com participação de Kenny G no sax.
E, como se quisesse deixar claro o quanto ele não iria parar com essa demonstração descomunal de conceito, veio a apresentação literalmente acompanhada por fogos no American Music Awards. Onde ele apresentou pela primeira vez o seu visual com o rosto enfaixado.
Acumulando toda essa narrativa e identidade visual do álbum e todas suas performances, chegamos ao Super Bowl. Fevereiro de 2021, faltando pouco para o aniversário de 1 ano do álbum, The Weeknd deixou o futebol americano em segundo plano, e construiu um dos maiores espetáculos do grande evento no intervalo da final da NFL.
Quase como que um cala a boca para o Grammy, e se provando muito acima disso, Abel fez valer do investimento pesado no show, e foi modesto quando prometia uma experiência cinematográfica. Entregando o que foi o show mais bem elaborado da última década de Super Bowl.
O exército de The Weeknds surpreendeu os fãs com tanto conceito e teatralidade
A apresentação de 14 minutos passeou entre os maiores hits e fases diferentes de sua carreira, mas dando uma atenção especial para cada uma deles. Reforçando o quanto ele evoluiu e amadureceu desde a sua épica estreia com House of the Balloons.
Numa época onde shows precisam ter normas e cuidados diferentes, o cantor se aproveitou da ausência do público no meio do gramado para criar um exército de si mesmo, replicando o personagem do rosto enfaixado, e criando uma coreografia digna – e sem exagero NENHUM – das performances elaboradas de Michael Jackson e seus dançarinos.
Talvez não relacionado ao show em si, mas esse momento singular reforça que, mesmo tendo uma personalidade única e totalmente diferente, The Weeknd seja atualmente o único merecedor de herdar algo próximo do título de novo Rei do Pop.
Além do investimento técnico, a surpresa e ponto alto para os fãs se deu ao instrumental, totalmente ao vivo e orgânico, dando uma nova vida às músicas que temos ouvido exaustivamente. Assim como presenciamos mais um exemplo do quanto o antigo cara do cabelo engraçado canta 100% ao vivo, e pode fazer qualquer um achar que é playback.
O Grammy se tornou ainda mais irrelevante e burro, e a nós nos resta aguardar por mais surpresas quando a turnê de After Hours FINALMENTE começar, ainda esse ano.
Assista à íntegra do show logo abaixo: