Bilheteria EUA: Graças a Harriet, estúdio conquista importante marca!

Em notícias da bilheteria americana não relacionadas a Coringa ou O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, a fantasia da Disney Malévola: Dona do Mal ficou em terceiro lugar no...

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Em notícias da bilheteria americana não relacionadas a Coringa ou O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, a fantasia da Disney Malévola: Dona do Mal ficou em terceiro lugar no ranking do fim de semana, faturando mais US$ 12,1 milhões. No total, o filme possui US$ 84,3 milhões nos EUA. Com Coringa e Destino Sombrio sendo restritos para adultos, Dona do Mal é basicamente uma das únicas opções de blockbusters para toda a família em cartaz (juntamente com A Família Addams) ao menos até a estreia de Frozen II no fim do mês. Isso explica a pequena queda que o longa sofreu entre a semana passada e esta, de apenas 37,1%. 

A anti-heroína interpretada por Angelina Jolie provavelmente deve sair de cartaz com cerca de US$ 115 milhões, pouca coisa acima de Dumbo (US$ 113 milhões) e, claro, bem abaixo do primeiro Malévola (US$ 241,4 milhões). Mesmo com o longa se beneficiando do fato de ser o maior filme familiar em cartaz por ao menos um mês, ele será uma decepção para a Disney, ao menos na bilheteria americana.

Em quarto lugar, uma das principais estreias da semana foi o drama épico Harriet, a biografia de uma das maiores heroínas negras da história dos EUA, que ajudou a libertar muitos escravos no país. Assim, a abertura do longa foi bastante decente: US$ 12 milhões, superior ao indicado ao Oscar no ano passado Infiltrado na Klan. Além disso, ele deve ter uma boa carreira pela frente nas bilheterias, considerando a ótima recepção da audiência (A+ no CinemaScore e 98% de aprovação do público no Rotten Tomatoes).

Graças a este filme, seu estúdio, a Focus Features (braço independente do conglomerado ao qual pertence a Universal) conquistou uma importante marca: trata-se da primeira vez em mais de 15 anos que um estúdio especializado em cinema independente lança dois filmes consecutivos que conquistam aberturas acima dos US$ 10 milhões – no caso, este Harriet e Downton Abbey: O Filme (US$ 31 milhões). A última vez que isso ocorreu foi em 2003, nos dias de glória da Miramax (comandada pelo hoje caído em desgraça Harvey Weinstein), com Cold Mountain e Kill Bill Vol. 1. 

Trata-se de uma grande vitória para o cinema independente americano, uma que mostra que, mesmo numa época onde o hábito de ir às salas escuras compete com cada vez mais fortes serviços de streaming, e a impressão que se tem é que o público só sai de casa para ir aos cinemas para conferir adaptações de quadrinhos e blockbusters da Disney, ainda existem muitas pessoas dispostas a conferir longas independentes na telona – onde seus realizadores prefeririam que eles fossem vistos.

Na quinta posição, o sucesso familiar A Família Addams arrecadou mais US$ 8,5 milhões após quatro semanas em cartaz. No total, o filme possui US$ 85,2 milhões. Tendo sofrido uma queda de apenas 29,2% em relação à semana passada, a sinistra família vai se firmando como uma das principais opções em cartaz para famílias (juntamente com Malévola: Dona do Mal). O longa terá mais duas semanas para tentar bater a marca dos US$ 100 milhões antes que os cinemas sejam inundados pela chegada do aguardadíssimo Frozen II. De toda forma, trata-se de um bem sucedido reboot da marca.

Em sexto lugar, Zumbilândia: Atire Duas Vezes arrecadou mais US$ 7,3 milhões, sofrendo uma queda de 37,8%, decente considerando a fortíssima competição. No total, o longa possui US$ 59,3 milhões em três semanas em cartaz, pouca coisa abaixo dos US$ 60,6 milhões que o primeiro Zumbilândia havia alcançado no mesmo período de tempo. Claro, seu antecessor foi lançado em 2009, quando o preço dos ingressos era bem mais baixo do que hoje, de modo que Zumbilândia certamente vai levar mais gente aos cinemas do que Atire Duas Vezes. Ainda assim, em números não ajustados, a sequência deve alcançar os quase US$ 76 milhões do primeiro filme da “saga”.

Na sétima posição, o terror A Hora da Sua Morte também se manteve de forma decente: US$ 5,8 milhões no fim de semana, queda de 34%. Seu total de US$ 17,7 milhões após duas semanas não é nenhuma maravilha, mas vai bastar para um longa de terror barato e com gastos de marketing mínimos. No entanto, o suspense policial Black and Blue não teve a mesma sorte: seus US$ 4 milhões no fim de semana representam uma queda de 51,7%. Provavelmente, a concorrência com Harriet foi demais para o longa estrelado por Naomie Harris.

Em nono lugar, temos a estreia do drama de mistério dirigido por Edward Norton Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe, um projeto que o ator vinha tentando desenvolver por anos. Lançado pela Warner em pouco mais de 1300 salas, e recebendo críticas mistas (apenas 61% no Rotten Tomatoes, com uma nota média de 6,3/10), o filme faturou fraquíssimos US$ 3,5 milhões em sua estreia. Sem qualquer buzz de Oscar, trata-se de mais um dos dramas adultos que a Warner lançou esse ano e que, sem uma recepção estelar da crítica, deram poucos motivos para os espectadores largarem suas maratonas na Netflix e irem conferi-los no cinema: A Música da Minha Vida, Rainhas do Crime, O Pintassilgo… Mas não tem problema, todos eles podem pedir um dinheiro emprestado a Arthur Fleck.

Completando o top 10, Arctic Dogs é uma animação infantil que, sem conseguir competir com Dona do Mal e A Família Addams, acabou sendo ignorada nos cinemas: apenas US$ 2,9 milhões em seu primeiro fim de semana. No Brasil, este filme será lançado diretamente na Netflix.

Bilheteria EUA 01/11/19 a 03/11/19: