Bilheteria EUA: Terror Sorria tem estreia acima das expectativas
Sorria conquistou boa abertura na bilheteria e continuou o bom momento dos filmes de terror neste ano.
Na bilheteria americana, o líder deste fim de semana foi o longa de terror Sorria, que faturou bons US$ 22 milhões entre sexta e domingo.
Trata-se de mais um resultado positivo para o gênero em 2022, ano que também tivemos os sucessos de Pânico, O Telefone Preto, Não! Não Olhe! e o recente Barbarian. Todos custaram pouco (com exceção do longa de Jordan Peele, que precisou de quase US$ 70 milhões), foram recebidos com boas críticas e conseguiram transformar seu buzz nas redes sociais em bons números de bilheteria.
Até o momento, O Telefone Preto é o grande caso de sucesso dos filmes de terror de 2022. Lançado no meio de uma disputada temporada de blockbusters, ele abriu com US$ 23,6 milhões e faturou quase US$ 90 milhões nos EUA e US$ 71 milhões fora, resultando num total global de US$ 160,9 milhões – um número excelente considerando que seu orçamento foi de US$ 18 milhões.
Tal como o longa estrelado por Ethan Hawke, Sorria também foi recebido com boas críticas e números que sugerem uma carreira tão longeva quanto a de O Telefone Preto. De toda forma, tendo um custo de produção tão baixo quanto o do concorrente (US$ 17 milhões), Sorria não precisa quebrar recordes nas bilheterias para ser lucrativo – já tendo arrecadado US$ 36,5 milhões ao redor do globo, o terror está bem próximo de ficar com as contas “no verde”.
O mais importante: Sorria é mais um dentre os recentes filmes originais e estrelados por mulheres que tem carregado a bilheteria nas costas neste período de seca. Sem um blockbuster convencional, sobrou a longas como Sorria, Não se Preocupe, Querida, A Mulher Rei e o citado Barbarian a manter os cinemas ativos durante o mês de setembro. Uma missão que tais filmes cumpriram com perfeição, ao menos na bilheteria americana.
Dito isso, como uma andorinha só não faz verão, os números em geral ainda não são bons: segundo o Box Office Mojo, embora os números deste fim de semana tenham sido os melhores desde meados de agosto, eles ainda estão bem abaixo de qualquer outra semana das últimas duas décadas antes da pandemia.
Por um lado, é ótimo que o público esteja comparecendo em bons números para assistir filmes originais, não convencionais e nem ligados a nenhuma franquia, mas com boas críticas e hype. Por outro, o restante dos outros longas em cartaz estão desempenhando tão mal (a comédia romântica gay Mais que Amigos, que foi a outra estreia da semana, foi um fracasso retumbante) que os números em geral ainda estão baixos.
A indústria espera que tudo isso mude ao longo do mês de outubro, conforme Halloween Ends e Adão Negro cheguem às salas.
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