Bilheteria EUA: Frozen 2 ultrapassa o primeiro filme!

Em outras notícias da bilheteria dos EUA e Canadá, Jumanji: Próxima Fase arrecadou mais US$ 35,3 milhões no último fim de semana de 2019. No total, o longa possuía...

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Em outras notícias da bilheteria dos EUA e Canadá, Jumanji: Próxima Fase arrecadou mais US$ 35,3 milhões no último fim de semana de 2019. No total, o longa possuía até o último domingo US$ 175,4 milhões, portanto deve encerrar o ano com pouco menos de US$ 190 milhões. Seu predecessor Bem-Vindo à Selva chegou ao dia 31 de dezembro de 2017 com US$ 169 milhões, embora sua estreia oficial tenha ocorrido em 20 de dezembro (uma quarta-feira) enquanto Próxima Fase abriu em 13 de dezembro (uma sexta-feira), portanto, não é uma comparação muito boa. Afinal, por ter estreado antes no mês, Próxima Fase deve perder o gás ao longo de janeiro muito mais rapidamente do que seu antecessor, que foi capaz de se aproveitar da controversa recepção de Star Wars: Os Últimos Jedi com a promessa de uma aventura mais leve e familiar.

Estabelecendo comparações mais próximas com outros filmes de Natais passados, as perspectivas para Próxima Fase ainda são boas. Na pior das hipóteses, uma performance como a de O Hobbit: A Desolação de Smaug após a virada de 2013 para 2014 o leva a ainda bons US$ 244 milhões nos EUA, enquanto uma similar à do primeiro As Crônicas de Nárnia entre 2005 e 2006 leva a comédia estrelada por Dwayne Johnson e Kevin Hart a US$ 265 milhões. Já uma como a de Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras o leva a encerrar sua carreira com bons US$ 286 milhões, enquanto uma mais similar à Homem-Aranha no Aranhaverso lhe dá uma bilheteria final de incríveis US$ 334 milhões, acima do primeiro Guardiões da Galáxia e praticamente empatado com Homem-Aranha: De Volta ao Lar (em valores não ajustados pela inflação, claro).

Sim, Próxima Fase provavelmente não vai chegar perto dos US$ 404 milhões arrecadados por Bem-Vindo à Selva nos EUA há dois anos. Porém, mesmo na pior das hipóteses o filme ainda entra para o clube das 10 maiores bilheterias americanas (não ajustadas) da Sony, logo atrás de MIB: Homens de Preto (US$ 250 milhões). Além disso, caso mantenha a mesma proporção de 38,2% de sua bilheteria global sendo arrecadada nos EUA e 61,8% fora de lá, o filme pode sair de cartaz com um total mundial entre US$ 637 milhões e US$ 749 milhões (o que seria mais do que os dois longas do Homem-Aranha estrelados por Andrew Garfield), ou talvez até chegar a US$ 875 milhões. Então sim, a não ser que o elenco não queira fazer ou algo do tipo, pode esperar um Jumanji 4 para os próximos anos.

Já Frozen 2 arrecadou mais US$ 16,9 milhões em seu sexto fim de semana nos EUA e chegou a ótimos US$ 421,6 milhões. Portanto, oficialmente agora o longa ultrapassou a bilheteria não ajustada do primeiro Frozen (US$ 400,7 milhões), bem como de Toy Story 3 (US$ 415 milhões em 2010), tornando-se portanto a 7ª maior animação da história nos EUA em valores não ajustados – embora o longa certamente vá passar o 6º colocado, O Rei Leão (US$ 423 milhões conquistados não só em seu lançamento inicial em 1994 mas também em dois relançamentos posteriores) antes do Ano Novo.

Frozen II possivelmente vai encerrar sua carreira entre US$ 470 milhões e US$ 490 milhões nos EUA. Porém, considerando que vamos entrar em janeiro com quase nenhuma competição entre filmes familiares (a não ser o provável fracasso Doolittle e um punhado de animações menores), eu não me surpreenderia se Frozen II seguisse firme e forte, possivelmente ultrapassando até mesmo a marca dos US$ 500 milhões na bilheteria americana – tornando-se uma das raras animações a atingir tal feito, juntamente com Os Incríveis 2 e o remake de O Rei Leão. Além disso, com US$ 1.21 bilhão até o momento globalmente, não só Frozen II deve deixar no chinelo os US$ 1.27 bilhão de seu antecessor como também bater a marca dos US$ 1.3 bilhão. Neste caso, o filme se tornaria a segunda maior animação da história atrás do Rei Leão de 2019 (US$ 1.66 bilhão), ou a maior, caso você opte por eliminar o longa fotorrealista de Jon Favreau.

O último dia de Natal recebeu duas estreias nos cinemas americanos, o elogiado drama de época Adoráveis Mulheres, cotadíssimo para a próxima temporada de premiações e a animação infantil Um Espião Animal. O primeiro arrecadou US$ 6,4 milhões no Natal e US$ 16,7 milhões no fim de semana, alcançando um total de bons US$ 29,3 milhões. Nos EUA, a mídia de entretenimento nos últimos dias foi tomada de discussões bobas sobre se homens estão assistindo ou mesmo se deveriam assistir ao filme, dirigido por uma mulher (a elogiadíssima Greta Gerwig) e estrelado por um elenco quase todo feminino. Ainda assim, quer as mulheres consigam convencer seus parceiros a ir ao cinema (eles devem essa à elas, depois de levá-las para ver diversos filmes de quadrinhos ao longo do ano) ou se apenas elas forem, as críticas e o boca a boca estão fortes o suficiente para que Adoráveis Mulheres seja uma das maiores bilheterias dentre os filmes que concorrerão aos principais prêmios da indústria americana.

Já Um Espião Animal arrecadou US$ 4,76 milhões no dia 25 de dezembro, o que é um valor fraco para um filme para crianças no Natal, abaixo de longas como Pai em Dose Dupla (US$ 15,7 milhões), Caminhos da Floresta (US$ 15 milhões), Sing: Quem Canta seus Males Espanta (US$ 14,8 milhões) e Uma Noite no Museu (US$ 11,7 milhões). Vai ser difícil, com tanta competição entre filmes familiares, para que esta animação que traz as vozes de Will Smith e Tom Holland se destaque.

Finalmente, o suspense Joias Brutas, que traz o comediante Adam Sandler em uma das performances mais sombrias de sua carreira, expandiu para mais cinemas no restante da América do Norte, arrecadando US$ 9,5 milhões no fim de semana para um total de US$ 20 milhões. Pelo visto, o boca a boca acerca da elogiadíssima atuação de Sandler (o qual o público havia se acostumado a ver em suas tolas comédias) e o tom violento e impiedoso do filme foram o bastante para atrair um público decente, ainda que a recepção da audiência tenha sido bem mais divisiva do que entre os críticos. Ainda assim, tal performance nas bilheterias deve auxiliar para colocar Sandler na disputa pelo Oscar de Melhor Ator.

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